[MÚSICA] O sucesso do cliente depende, cada vez mais, da agilidade entre o relacionamento do fornecedor de serviços e do cliente e ágil não quer dizer fazer rápido, de qualquer jeito ou de qualquer modo, então a gente se apoia no manifesto ágil que começou a construir há alguns anos atrás toda a questão de o que é agilidade o que é considerado ágil, para que a gente possa, de uma maneira interativa e conversando com o cliente e fazendo as entregas, de uma maneira periódica, para que não se fique guardando ou acumulando resultado para ser mostrado lá na frente, para chegar e gerar frustração enorme e falar, mas não era bem isso que eu queria. Para evitar isso, é como a gente consegue traduzir uso das metodologias ágeis para o nosso dia a dia, então, muito mais do que usar os buzzwords, o povo fala devotos para lá, agile pra cá, ágil para aqui, entender que é o modo de a gente pensar e não é fazer de qualquer jeito, fazer rápido, fazer logo e pronto. É uma mentalidade para a gente priorizar atividades práticas, tendo feedback o quanto antes no nosso ciclo de desenvolvimento, para que a gente use esse feedback para ir acertando as entregas e fazer com que as coisas convirjam, então quando a gente fala de cocriar valor entre fornecedor e cliente, aplicar ágil, na prática, é isso. É ter muito próximo quem está fazendo de quem está recebendo e ter, abertamente, esse tipo de feedback e o feedback não quer dizer vou mudar tudo de uma vez porque você está mudando tudo que você está pedindo, não, é o que a gente concordou, é o que é entregue. Está cumprindo, não está, pô, mas podia ser melhor aqui, pior alí, ótimo, vamos ajeitando. E aí foi feito manifesto ágil há anos atrás, está literatura, disponível para consulta e tudo mais que a gente vê a valorização e a priorização de alguns critérios para que a gente possa ser mais veloz, fazer mais interações e aí ter esse feedback real de como a coisa está andando, então eu vou valorizar e priorizar indivíduos, interações, isso não quer dizer que eu vou abandonar processos e ferramentas, o que eu quero é reduzi-los, mas continuar fazendo documentação, né? Processos, ferramentas, processos mais simples, mais enxutos, que me tragam esse tipo de resposta. Vou continuar usando ferramentas, mas que sejam mais simples, o foco não é a ferramenta, o foco é a interação entre os indivíduos, esse retorno rápido da informação. Ter software funcionamento ou uma solução funcionamento é mais importante do que uma documentação enorme. Isso quer dizer que eu não vou documentar nada, não, isso quer dizer que você vai reduzir a documentação para ser adequada às etapas de entrega que vão sendo feitas. Isso dá mais dinamismo ao processo, a colaboração entre cliente e fornecedor é melhor do que a renegociação ou negociação de contratos. Tem que ter contrato, obviamente, mas o modelo de entrega, os entregáveis, os períodos de pagamento, o que é reconhecido como uma entrega, pode ser feito de uma maneira diferente e responder a mudanças ao invés de seguir plano, falando de roadmap de produtos, se a gente está num ambiente extremamente product-centered, que é o centrado no produto, eu vou ficar olhando e falando, não importa o que o mercado está me dizendo, eu vou continuar desenvolvendo o meu produto com o que a gente estabeleceu num roadmap de três anos, por exemplo. Não funciona assim ágil, é muito mais fácil a gente ouvir essas mudanças, responder a elas do que ficar grudado no plano e trazer essa informação do mercado e do cliente é, justamente, começar a tirar o foco do produto e pôr o foco no cliente e a aplicação que a gente pode dar a isso não é só software, nasceu no modelo e o manifesto ágil nasceu software, mas a gente pode aplicar a n soluções. A todas as soluções? Talvez não para construir uma usina termoelétrica, mas se a gente está falando de construir novo produto, uma nova solução, novo serviço, a gente pode pensar assim e, principalmente, trazer esses princípios desse manifesto para perto, como trabalhar com equipes multidisciplinares, envolver o cliente sempre que possível, dentro dos papéis pré-definidos, definindo escopos e prazos fixados para entregar algo que, efetivamente, funcione. Pequeno protótipo, uma pequena demonstração, mas algo que possa ser visto, algo que possa ser recebido. Se a gente olhar de volta para os 7Ps da definição de serviços, é gerar algum tipo de evidência física neste momento já, para que a experiência já comece a ficar clara para o cliente e ele fala, poxa, mas não é desse jeito. Vamos supor, sei lá, mudando processo de atendimento do check-in de hotel, eu estou mudando de chegar no balcão e falar com uma atendente para o totem, vamos pensar nesse exemplo. Ótimo, então eu já posso fazer totem que não vai ter todas as funcionalidades, não vai fazer o check-in até o final, mas ele vai dar gosto da experiência num período de tempo, nas primeiras duas semanas, mês, de desenvolvimento, que a gente vai ver que são as sprints e vai falar, espera aí, a experiência que você tem que ter é entrar no hotel e chegar neste totem ao invés de ir até o balcão. Não dá pra fazer tudo alí ainda, não vai fechar o registro, mas já dá pra sentir, do ponto de vista do cliente, ele vai falar, essa experiência é muito ruim ou essa experiência está boa, pode melhorar aqui, eu não estou enxergando, a letra é muito pequena, coisas desse tipo que vão trazer realidade para esse desenvolvimento, então, ágil, muito mais do que palavreado que se usa no mercado é a gente conseguir fazer de uma maneira rápida, estruturada, mas, principalmente, com feedback real das entregas que estão sendo feitas. [MÚSICA]