[MÚSICA] Olá! Na nossa primeira etapa, enfatizamos os aspectos humanos, mentais do Design Thinking, na ideia de inovarmos e buscarmos soluções diferentes e úteis, que agreguem valor, para os problemas dos clientes. Quero discutir agora as etapas gerais do Design Thinking, quais são as principais fases para que a sua empresa possa então ter os ganhos do universo do Design Thinking. Vamos lá? Discutimos portanto que a ideia de design é instrumento muito importante para a inovação e estratégia, que atualmente precisamos criar novos mercados, buscar novas soluções. Vimos também que o processo de inovação, apesar de não linear, pode ser gerenciado. Quais etapas para a solução do Design Thinking? Quais são os requisitos centrais cada desses estágios para que sejam bem sucedidos? Nesse módulo vamos compreender que o Design Thinking tem algumas macro etapas. Você verá que cada uma dessas macro etapas requerem diferentes formas de trabalho, diferentes formas de pensamento. Todas, contudo, vão na direção da geração de valor para os clientes e sobre a ótica do cliente. Antes você entenderá que tipo de problemas o design resolve. Será que todos os tipos de problemas podem ser resolvidos com os métodos que aqui discutiremos? A resposta é não. Começamos a entender que especialmente os chamados wicked problems, ou os problemas mais complexos, com mais variáveis, são aqueles que estão mais direcionados à solução com base design. Os wicked problems são diferentes dos chamados tame problems. Veja por exemplo o xadrez. O xadrez apesar de ser complicado, sofisticado, difícil, ele possui tema e problema muito bem definido: você sabe à priori que precisa então derrotar o rei inimigo. E que mais do que isso, existem possibilidades que são racionalmente compreendidas, que todas as informações estão sobre aquele tabuleiro. As regras são fixas e conhecidas por todos os adversários. Quando temos esses problemas temos tipicamente problemas mais computacionais, mais do tipo, como falamos anteriormente, quebra cabeças. Os problemas de design são entretanto mais humanos. São aqueles denominados inglês wicked problems, problemas não necessariamente precisamente definidos, cuja soluções dependem até de como você compreende e interpreta aquele problema. Não há solução ótima à priori, não há uma formulação definitiva. São tipicamente humanos, menos computacionais. São únicos, não aconteceram outras vezes, nunca se repetem perfeitamente e nem sequer têm critério de encerramento. Veja no xadrez como há critério de encerramento com o cheque mate. Você por certo convive com problemas do tipo wicked problems. Nós não convivíamos com esse problema antes, ele é humano, cheio de sofisticações e interpretações e visões de mundo. As lógicas formais, verdadeiro falso, melhor pior, não se aplica. Na verdade se aplica às coisas mais relativas, na compreensão do problema como ponto chave para que nós possamos desenrolar a solução do mesmo. É portanto aí que mora a empatia sobre a qual falamos. Essa conversa íntima e sobretudo qualitativa com os clientes, farão com que a gente entenda mundo que não é compreendido à priori. Vamos a exemplo? Como podemos melhor atender cliente idosos, por exemplo no mercado de transporte, de modo a que ele se encante e que a gente supere os nossos concorrentes? Será possível apenas olhar uma base de dados e ver pesquisas quantitativas somente para resolver esse problema? Não. Precisaremos entender este problema numa ótica que é diferente da nossa ótica, a ótica efetivamente dos citados idosos que necessitam, por exemplo, serem melhor atendidos, que tenham mais respeito perante os outros usuários do sistema de transporte, entre outras coisas. É esse tipo de problema que nós vamos conversar na metodologia do Design Thinking que aqui apresentamos a você. Vamos refinar esse entendimento. A ideia é que, inicialmente, é preciso a imersão e definição do problema. Compreender profundidade, compreender a partir de uma lógica etnográfica de entendimento da vida do cliente. Particular do que tanja aquele problema que desejamos resolver. Note bem, esse é ponto bastante importante: raramente o problema é aquele que está verbalizado no primeiro momento, que está entendido no primeiro momento. A minha experiência, sobretudo na prática empresarial, é de que muito frequentemente nós temos que ir descascando as camadas daquele problema para efetivamente compreender as suas origens. É partir desse entendimento e definição mais precisa que iniciamos a geração das ideias, a originação dos principais requisitos para resolver o desafio. Aí cabem coisas como mapas mentais, personas e brainstorms, sobre a qual conversaremos ao longo deste curso. Esse processo de geração de ideias criativas, será bastante importante, mas não aí se pára, porque dos pontos mais centrais de ideia de design será a prototipagem e os testes. Como os usuários realmente compreendem aquelas nossas soluções? Que feedback eles nos ofertam? A atitude experimental de pôr a mão na massa é ponto central para quem pensa Design Thinking. Trata-se portanto, tipicamente, de processo não completamente linear, mas sobretudo iterativo. Iterativo porque se repete, é reiterado, é circular. Na hora de fazer o protótipo talvez queiramos pouco mais de imersão com os clientes ao testar vemos que temos que refazer parte do protótipo e assim numa espécie de helicoidal, vamos ganhando mais maturidade na solução daquele problema sempre empáticos, sempre cocriando, sempre com os pensamentos e as práticas que falamos no módulo anterior: criatividade, interpessoalidade e conhecimento interdisciplinar. Queremos sempre o cliente como a persona principal e é por isso que nós temos que utilizar, o analisar, criar e decidir, como essencialmente coanalisar, cocriar, e codecidir. Portanto estamos usando na análise uma certa mistura de pensamento Cartesiano estruturado que divide o problema com aprofundamento etnográfico, digamos assim, vasculhando novas formas de solução. A criação como processo sistêmico, não linear, por vezes até divergente, quem está olhando novas maneiras de enxergar. E a codecisão, percebe que a decisão de efetivamente que produtos lançaremos, por exemplo, refere-se ao fim de uma cisão, decisão. Que juntaremos as partes e efetivamente chegaremos a uma solução. Vamos agora detalhar esse processo. Falaremos sobre as etapas do Design Thinking de modo pouco mais detalhado. É importante primeiro que você tenha essa visão de todo. Nos próximos encontros nós vamos olhar cada uma dessas etapas, ir nas ferramentas. Vamos observar esta figura que resume as principais etapas do Design Thinking, com as principais ferramentas, com as principais dicas. Dá uma olhadinha comigo na figura. Começamos com o Explorar, que significa identificar inicialmente problema. Uma espécie de imersão, que a gente vai fazer a utilização de ferramentas tais como desk research, pesquisas exploratórias. Vamos lá, digamos assim, mergulhar na piscina, antes de sabermos nadar. A fase segunda, que chamamos aqui da Empatia, ou Empatizar, é certo ganho de maior profundidade na vida do cliente, com olhar mais profundo. Aí que cabem as etnografias, as entrevistas, as observações, o shadowing, o entendimento das jornadas do clientes, sobre a qual falaremos mais à frente, no momento que discutimos o research com mais profundidade. Numa terceira fase é relevante termos o aspeto do Definir. Definir o problema a ser solucionado de modo claro. Problema mal definido, problema cujas fronteiras dos escopos não estão bem claros, não será bem trabalhado nas próximas etapas. Aqui cabem pesquisas quantitativas, podemos utilizar técnicas de Pareto, algumas técnicas mais clássicas mas é importante então nos enfocar. Veremos uma aula específica sobre definição de problemas que nem muito super enfocado de modo a não olhar para o redor, mas também nem muito abrangente que faz com que o nosso team se perca ao longo do processo. A quarta fase refere-se ao Idealizar. Chamado muito de ideação, que é uma mistura de ter a ideia com enfoque na ação e na dinâmica de se executar. É preciso aí aspecto quantitativo como veremos. Grande criação de ideias, novas ideias, brainstorm e mapas mentais. A quinta fase é a fase da prototipagem. Vamos colocar ação, vamos representar inicialmente as ideias que tivemos num desenvolvimento de uma maquete, de desenho, de uma representação, de storytelling, vamos fazer piloto. Para então levar à última e sexta fase dos testes, que nós vamos especificar o desafio a ser solucionado e testar as suas habilidades com cocriação, codecisão com os clientes. Frequentemente o Design Thinking vai e volta na exploração, empatia, definição, ideação, prototipagem e testes. Estas são portanto as principais fases do Design Thinking que olharemos mais detalhes ao longo do nosso curso. Este é o meu convite, vamos comigo.