[MÚSICA] Olá. Sejam todos bem-vindos ao curso On Demand Supply Chain. Meu nome é Aluizio Faria e quero compartilhar com vocês a visão de como fazer a gestão da cadeia de valor de forma rápida, dinâmica, por isso o termo on demand. Espero que vocês aproveitem esse curso e que seja uma jornada muito produtiva. Vamos lá. Nesse módulo vamos ter uma visão geral de supply chain, como definir a estratégia de produção, os desafios para evoluir o supply chain, como isso se converte na estratégia da cadeia de valor e compartilhar modelo muito importante de gestão integrada holística da cadeia de valor. E finalmente falar dos componentes de integração do supply chain. Quando a gente fala de uma cadeia de valor a gente pensa inicialmente o compartilhamento de informações dentro de uma organização. Isso é cadeia de valor interno da empresa. Mas a cadeia de gestão vai além, vai do fornecedor do fornecedor, até o consumidor final do meu cliente e essa administração de dados, de fluxo de informações e de materiais é o grande desafio para a geração de valor da empresa. Fazer a gestão de supply chain é fazer gestão de fluxos de informação, fluxos do produto, fluxos de caixa e toda parte de retorno do produto. E o grande desafio é como sincronizar esses processos. São várias áreas atuando e o planejamento deve sincronizar e integrar todos os atores que são pessoas. Então o desafio é a integração de pessoas, não só integração de processos. Se a gente pensar olhando essa figura a enormidade de conceitos importantes para a gestão do supply chain, a gente vê o lean desde os anos 50, o conceito de efetividade da manufatura e o MRP dos anos 60, a evolução do MRP para o MRP II e o MPS, já usando também comunicação EDI nos anos 70, o processo S&OP que é tão fundamental para a integração do planejamento, conceito de Six Sigma para a gestão de variabilidade, gestão de supply é fluxo mais variabilidade. Já outra camada de processos transacionais de ERP nos anos 90 e aí uma revolução do e-commerce no ano 2000 ampliando a complexidade do supply chain que transforma num conceito de value chain ponderando o custo de servir e nível de serviço, valor agregado, usando ferramentas de analytics cada vez mais robustas e agora Inteligência Artificial, IoT, big data, tudo isso culminando no supply chain muito dinâmico. Primeiro conceito a trabalhar na visão de cadeia é de trade-off. Se eu ganho de lado eu perco o outro, não dá para a gente querer tudo. Eu tenho que entender qual é o valor diferencial da minha organização e focar nesse valor. Se a gente olhar o quadro marketing, vendas, manufatura, logística, financeiro, têm visões diferentes quanto ao nível de serviço praticado ao cliente, eficiência da produção, logística e operações e o nível investido estoque. Existe naturalmente movimento contrário dentro dessas áreas, aonde o resultado individual, o ótimo local do departamento é diferente do ótimo global. Então a gestão da cadeia é uma gestão de conflitos, é gestão do ótimo global. A APICS trouxe conceito importante de como conectar e sequenciar as ferramentas de execução do supply chain, todas aquelas siglas que mostramos. O modelo da APICS começa no plano de negócios no nível mais estratégico até o nível orçamentário, desagrega para o S&OP, que é planejamento para os próximos meses, depois que eu tenho esse plano eu vou fazer planejamento de produção, com base no plano de produção o plano de compra de materiais, o MRP, e finalmente com base nesse plano de produção, é a minha previsão, a distribuição para os meus pontos de faturamento. Sempre olhando nos diversos níveis de agregação a capacidade que existe na planta ou não, até o controle no shop floor. Então existe o referencial muito importante da APICS que formou pessoas, formou organizações, para que possam executar esse processo na sequência correta. Então é uma referência muito importante para se considerar. Outro modelo importante de referência é o SCOR, que define o processo de planejamento como guarda-chuva do planejamento de compras, produção, entrega e retorno. O único ponto é que o modelo ainda segmenta e fortalece muito os departamentos, mas define fluxos de processos integrados e traz abordagem de buscar o equilíbrio entre os atributos de servir ao cliente, confiabilidade, quer dizer, prometer entregar na data, resposta rápida ao menor lead time e flexibilidade com o custo de servir, o custo de aquisição e o custo do capital empregado, também é uma referência que a gente deve usar. Nesse sentido, são conceitos importantes que a gente precisa considerar todo o processo de gestão do supply chain que a gente vai explorar com vocês agora.