[MÚSICA] Olá gente, a gente vai começar mais uma aula nesse curso de gestão, operações e crescimento de startups aqui do Núcleo de Empreendedorismo da USP. A gente vai começar falando sobre dois tópicos principais. Essa aula é sobre dois tópicos principais, que eles estão relacionados à construção, mas são construções bem diferentes. Primeira é a construção fÃsica da coisa, a construção de espaço fÃsico para inovação, para gerar mais ideias, para trocar mais conhecimento, para permitir tudo que a gente vem falando, cultura, produtividade, para permitir que isso floresça com muito mais força e o segundo ponto é sobre construir times, sobre realmente como construir equipes. A gente está falando sobre escalabilidade, cultura, e então, como é que eu construo o time? Como é que eu coloco gente para dentro, boa o suficiente para fazer parte e fazer crescer junto comigo? Mas primeiro, vamos falar sobre a parte fÃsica da coisa, arquitetura e espaços para criatividade e inovação. Nos útimos anos você teve crescente aà dos espaços de inovação, espaços abertos, ambientes sem paredes para permitir troca, para permitir compartilhamento. Funciona? Funciona muito bem, eles são muito importantes, mas tem até um estudo que a gente vai ver se a gente consegue colocar na informação aqui do vÃdeo, que fala que no começo se pensava muito quando se projetava esses espaços. Você tinha pensamento, esse espaço aqui vai ser para esse tipo de troca, aquele vai ser para outro, e hoje virou hype. Não, tem que ter espaço aberto, colorido, tem que ter puff, tem que ter escorregador, piscina de bolinha, tem que ser descolado para ficar bonitinho. Então, tomar muito cuidado com isso, tem que entender para que serve cada coisa. Então, esses espaços abertos, eles têm todo esse objetivo de permitir troca, permitir que as pessoas compartilhem, permitir que as pessoas vejam as outras trabalhando e consigam fazer parte da discussão, fazer parte do desenvolvimento das coisas de uma maneira mais colaborativa e cooperativa. Outro elemento sobre essa questão de abertura está ligado ao que eles chamam de colisões, que você tem que ter espaços e desenhos de espaços de inovação pensados na geração de colisões. Então, um exemplo, o exemplo mais clássico é a mesa do cafezinho tem que ser num corredor no final de todo escritório, porque aà todo mundo passa, até chegar no cafezinho todo mundo passa e encontra com outras pessoas. Tem espaços lá nos Estados Unidos, eu fiz uma pesquisa recente lá fora, que a gente pesquisava muito isso. Como é que os espaços, eles estimulam a inovação? Então, lá no MIT mesmo, a gente pesquisou uns espaços interessantes que tinha corredor é projetado para isso, tem ali espaço que todo mundo encontra para conversar, toda a dinâmica do espaço, ela é voltada para colisões e essas colisões geram mais trocas e mais inovações. Eles dizem que a Google é cheia de refeitórios ou coisas do tipo, porque são nos refeitórios ou nas lanchonetes onde mais ocorre troca de informação, onde mais ocorrem novos projetos a partir das colisões. Então, esses espaços mais abertos, mais diversificados, eles funcionam muito com esse objetivo de gerar colisões, gerar encontros, mas, ao mesmo tempo, quando vira hype, você vê espaços que só são abertos, que não tem um equilÃbrio para individualidade também. Ambientes onde o desenvolvedor ou a desenvolvedora que precisa de concentração, consegue se desligar e ficar codando sem parar. Então, você vê muito nesses espaços abertos, você tem que ter fone de ouvido, você é interrompido constantemente. Isso é muito ruim para quem desenvolve, para quem está fazendo código. Então, toma muito cuidado e não é só para quem tá fazendo código. O designer sofre muito com isso, o pessoal de criação sofre muito com isso, porque você precisa dos seus espaços de individualidade para refletir, para projetar, para desenhar e, quando você faz isso e é interrompido, te atrapalha muito. O ambiente barulhento, ambiente com distrações atrapalha muito. Então, tem que ter muito, muito cuidado com esse equilÃbrio entre espaços individuais e espaços abertos, coisas do tipo. Também, você tem uma crescente atenção a espaços modeláveis. Então, mesa com rodinha que permite você modelar, que facilita você criar outras atmosferas, espaços para você escrever em todo lugar. Então, não só escrever só na janela igual no filme do Facebook, Rede Social, você tem o Zuckerberg escrevendo código na janela, quadro branco mesmo, para você escrever e organizar o seu pensamento. O post-it é muito bom, não pela hype, post-it na parede eu sou inovador, mas porque você consegue colocar uma ideia e mudar de lugar e acoplar ela outros espaços, você consegue pensar muitas ideias e colocar na parede e ir organizando, o post-it, ele permite tirar uma palavra daqui e colocar aqui. Muitas vezes o quadro branco não permite essa manipulação, então se usa o post-it muito pela manipulação das ideias no espaço criativo. Então, esses elementos fÃsicos, eles sim, colaboram, mas eles tem que ser pensados. Você tem que ficar pensando: "Poxa, para que que serve isso, para que que serve aquilo". Não só pensar em como que vai ficar aberto e descolado para todo mundo ver. Então, fiquem atentos a essa dinâmica quando você está construindo espaço e entenda também que tem uma terceira esfera aà no espaço que é a esfera do trabalho remoto. Muita gente de tecnologia está apostando nisso. Tem livro que é muito bom que é do pessoal do 37th Signals, que se chama Remote, é remoto, que é sobre essa lógica de trabalhos remotos, sobre como hoje muita gente consegue trabalhar remotamente, muita gente consegue dissolver uma equipe de desenvolvimento muitos lugares e essas equipes, à s vezes, elas são até mais produtivas, com as devidas ferramentas. [MÚSICA]