[SEM ÁUDIO] Olá a todos todas, queria dar as boas vindas para o início desse curso que nasce de uma parceria entre o grupo de pesquisa, Tempo Memória e Pertencimento do Instituto de estudos avançados da USP e o sistema Coursera, utilizado pela USP e gerenciado pela procuradoria de pesquisa da Universidade. O grupo de Pesquisa, Tempo Memória e Pertencimento, nasceu 2018 e tem entre os seus objetivos aquele de valorizar, contribuir, preservar e a difundir o conhecimento do patrimônio monumental e documental, que se refere a História do Brasil. Patrimônio esse, que possui uma dimensão material e uma dimensão imaterial. Patrimônio que é vestígio que exige ser conhecida, utilizada, julgada, apropriada, valorizada pela população brasileira. Especialmente, exige ser transmitida para as novas gerações. Essa valorização, preservação e difusão de conhecimento, só pode acontecer se resgatarmos também os atores, que dessa história foram protagonistas e também que contribuíram à edificação desse patrimônio. Então, esse curso é uma ação cultural que busca responder a desses objetivos. Porquê? O patrimônio monumental e documental dos 30 povos das missões, chamados também de reduções Jesuíticas ocupam espaço significativo do território do brasileiro. O espaço dos estados do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina. Além de outros Países da região Latino America, que são Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia. Também se refere a tempo histórico importante para a história do Brasil, que é o período colonial. Essa história e esse patrimônio foram protagonizados e construídos por dois atores fundamentais, os missionários da companhia de Jesus, que chegaram na América Latina, no início, e no caso na região das reduções, no início do século 17. E uma parte da de uma grande etnia que ocupava o território, uma parte significativa do território Latino Americano, que é a etnia Guarani. Então, Jesuitas e Guaranis, são grandes protagonistas da história dessas reduções. Uma história que tem início no início do século 17 e termina meados do século 18. Por isso, o título desse curso é, história das missões Jesuíticas nos territórios Guaranis. Agradecendo todos os que contribuíram para a realização desse curso desejando a todos os participantes, bom proveito no conhecimento dessa área histórica, muito significativa para o Brasil. Passo a palavra aos professores Márcio Luiz Fernandes e Raquel Martins de Assis, que comigo foram os coordenadores, os organizadores e também os editores desse curso. Agradecendo também a eles essa participação. >> Gostaria de saudar a todos e a todas que participarão nesse curso, introduzindo-vos uma viagem de conhecimento sobre os antigos povoados Jesuítas Guaraníticos, que ao longo de 150 anos séculos 17 e 18, consolidaram os 30 povoados chamados de reduções. Como sublinhou agora mesmo, a professora a Marina. Lembra que as provocações do arquiteto e urbanista Lúcio Costa, que ressoam para nós como convite para realizarmos esta viagem, agora de estudos, e posteriormente, para os que ainda não aconhecem estes sítios arqueológicos, poderem empreender numa visita In Loco. Lúcio Costa afirmava só mesmo quando se percorrem, a estes povos é que se pode ajuizar e reconstruir mentalmente, o que eles foram na época do seu florescimento. As palavras de Lúcio Costa, fazem-nos refletir acerca da necessidade de transmitir esse conhecimento às novas gerações. Porque esta história, com os seus vestígios nos ensina, entre tantas coisas, a necessidade de pensar complexo e não linear. Aberto a enxergar no particular e no universal e a reconhecer na diversidade e nas diferenças a harmonia e a unidade. O desejo de propor este curso, aberto a todas as pessoas, nasceu desde a experiência do nosso contato viagens e estudos, nessas regiões, no Paraguai, Argentina, no Brasil. Cada povoado visitado, era possível conhecer aspetos relativos à natureza, à economia, à medicina, à cirurgia, à arquitetura, à arquelogia, à arte, a própria história brasileira e da conquista da América Latina, dentro de cenário histórico mundial. Desse modo, oferecemos a vocês, pelo encontro com grandes especialistas da área, chaves de acesso a este horizonte amplo e complexo de conhecimento, que lhe será ofertado pelo contato com os atores envolvidos nesse processo histórico. Os povos ameríndios, os jesuítas, os espanhóis, os portugueses, os bandeirantes, os escravos. Tudo isso ação dramático encontro e desencontros. O curso aqui proposto, por sua vez, será oportunidade para pensar como já se pode notar, uma variedade de temas, e no entanto, eu gostaria de sublinhar aqui particular, que é o da preservação e cuidado com o patrimônio material e imaterial, derivado dessa experiência. Na carta de Atenas, documento sobre a conservação e a preservação escrita pelos anos 30 do século 20, se afirma "a melhoria garantia de preservação dos monumentos e das obras de arte provem do afeto e respeito dos povos. Os sítios arqueológicos dos parques históricos nacionais do Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia, relativos às missões, merecem o afeto e o respeito que se traduz atividades de estudo, pesquisa e conservação. Portanto, este patrimônio e sua conservação, relaciona-se com a possibilidade de sermos afetados ainda hoje, pela beleza, pela grandiosidade daquilo que homens e mulheres do passado realizaram e nos deixaram nestes sítios. E que ainda repercutem como uma provocação para a nossa vida e para a defesa dos povos originários atuais. De certa forma, o respeito que vamos adquirindo ao caminhar por entre as ruas as ruínas e os lugares, que ainda devem ser objetos de escavação arqueológica por parte dos pesquisadores, é uma aventura maravilhosa que você poderá experimentar pessoalmente, ao se aproximar dos conteúdos ofertados. E esperamos mova, mova o afeto por este patrimônio, que educa a nossa humanidade. Bem significativo que gera conhecimento para você e para outros. Por fim, lembra que, dois elementos fundamentais, da forma de olhar dos povos guaranis. Referente à Terra, à Natureza, como bem essencial que dev ser cuidado e respeitado, e à força da palavra. O Jesuíta Antônio Luiz de Montólio, no século 16 caracterizou os Guaranis como senhores da palavra. E essa caraterística permanece. Segundo a perspectiva deles, num mundo cheio de imperfeições e destruição da natureza só a palavra redimida, inspirada e boa pode nos fazer transceder e ultrapassar as coisas nefastas. Desejo que neste curso, você possa vislumbrar palavras que possuam a força e possam empenhá-lo na construção de uma sociedade mais justa e solidária. Passo a palavra à professora Raquel. >> Olá a todos e todas! Esse primeiro vídeo, é para dar as boas vindas a vocês e explicar pouco os objetivos desse curso, como vocês já viram. O curso tem dois módulos. O primeiro vai tratar da organização e arquitetura das reduções e também dos atores implicados, nos 30 povos das missões, principalmente os guarani, os jesuítas, como a professora Marina Massimi e professor Márcio Fernandes já falaram. O segundo módulo, vai tratar principalmente dos conflitos dos êxodos e das guerras ocorridas nos territórios guaranis. E também vai contar a história do término das reduções. Por força das tensões com as coroas Portuguesa e Espanhola, dos confrontos pela posse da terra e também por causa da expulsão dos jesuítas. O curso, ele foi todo organizado, como o professor Márcio já disse, pela contribuição de especialistas, no estudo dos 30 povos e da companhia de Jesus. Na maioria, são pesquisadores de universidades, sendo deles pertencente ao IPHAN, que é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Muitos desses professores, desse curso de vocês, têm dedicado uma vida toda à pesquisa sobre os temas abordados nesse curso. Vocês vão ver que, pelo fato de termos aulas desses diferentes especialistas, o curso oferece também uma diversidade de visões sobre a reduções e a experiência ali ocorrida. Isso fica claro, só para dar exemplo, nas variadas formas de nomear aquilo que é chamado genericamente de reduções. Então, vocês vão ver que os professores têm diversas formas de se referir a essa experiência. Então, aparece a nomeação reduções jesuíticas, outros falam de reduções guarani, porque pensam no protagonismo dos guaranis. Aparece também a ideia de povoados guarani. Toda a implicação das missões, enfim, são variações que estão relacionadas principalmente à forma como se entende a participação dos protagonistas dessa história. Nesse sentido, o curso, ele oferece visão das questões ainda abertas nesse campo de pesquisa, que é esse patrimônio e essa história dos 30 povos das missões. Esperamos que vocês tenham bom aprendizado nessa viagem, pelas reduções jesuíticas nos territórios guarani. [SEM ÁUDIO] [SEM ÁUDIO] [SEM ÁUDIO] [SEM ÁUDIO]