[MÚSICA] O objetivo desse módulo é dar uma noção das principais técnicas de storytelling para desenvolver histórias para suas marcas, a gente vai passar por alguns aspectos como os princípios básicos do storytelling, entender como as técnicas de contar histórias ajudam nas mensagens de marketing, entender quando o digital ajuda o storytelling, quando o digital atrapalha o storytelling e ver como é que isso tudo pode ser utilizado para melhorar a entrega de marketing e criar a experiência interessante para o seu cliente. Começando por princípio bem básico, a gente tem a jornada do herói como sendo uma forma de organizar alguns caminhos e estruturar algumas narrativas. A jornada do heróis ela é bem conhecida e vocês já vão ter percebido isso uma série de filmes que vocês já tenham visto, livros e outras histórias que foram contadas e ela parte, normalmente, por alguns passos, dependendo do autor você vai ter uma quantidade de passos que serão 12 passos ou alguma outra forma de organizar que faça algum sentido. Aqui para a nossa finalidade hoje a gente vai organizar cinco passos que são passos principais e fundamentais dentro dessa jornada e ajudam a gente, também, a fazer uma correlação com a jornada de cliente, que a gente vai ver logo a seguir. A jornada do herói ela começa com chamado, ou seja, momento que a pessoa está numa situação de tranquilidade, alguma coisa muda e essa pessoa é chamada a ter alguma ação junto com isso, seja para resolver, seja para corrigir algum tipo de injustiça, seja para ajustar ou modificar alguma forma na qual essa pessoa vivia que ela precisa viver de uma forma pouco diferente. Ela pode ignorar esse chamado por algum tempo, mas certo ponto ela vai tomar consciência de que esse chamado aconteceu, o que faz com que essa pessoa entenda que não vai ter outra pessoa para resolver aquele problema por ela, ela mesma vai ter que tomar as rédeas da situação e buscar uma forma de resolver esse problema, geralmente a partir de encontro com mentor ou de alguma pessoa que vai preparar essa pessoa para que ela possa ter uma atividade mais efetiva nessa solução ou nessa resolução desse problema, o que leva essa pessoa a mudar o jeito dela pensar, o jeito dela entender o mundo, passar por uma série de desafios que vão torná-la mais crescida, mais desenvolvida ou, de alguma forma, mais consciente ou iluminada, até que ela atinge uma recompensa, que pode ser a resolução daquele problema, pode ser a mudança que ela estava esperando e buscando ou outra forma de recompensa que possa acontecer. Quando eu começo a colocar isso paralelo com a jornada do cliente eu tenho alguns outros aspectos que são muito parecidos, desde uma percepção de necessidade que ela tem relação ao chamado até o meu consumo, que pode ser a minha recompensa. A comparação de necessidade com o chamado aventura inicial da jornada do herói ela tem a ver com essa percepção básica de que existe descompasso, existe desequilíbrio qualquer, uma necessidade que ela precisa ser satisfeita, caminho que precisa ser trilhado qualquer para que eu saia de estado de incômodo para estado de tranquilidade ou para estado de recompensa, a partir disso eu vou buscar informações alternativas para poder satisfazer essa necessidade ou atender a esse chamado, que podem envolver encontros com mentores ou, no caso da jornada do cliente, a avaliação das alternativas a partir de uma busca inicial de informações, essa busca de informações ela pode ser muito rápida e acontecer dentro da nossa memória quando são itens que a gente já conhece, a gente já sabe como foi resolvida da última vez essa mesma necessidade, como sede, por exemplo, uma sensação que a gente aprendeu com o tempo, entendeu que aquela sensação significava que eu precisava repor algum líquido, precisava beber alguma coisa, enfim, e eu fui aprendendo isso ao longo do tempo de uma forma que isso é automático, hoje eu não preciso pensar que eu estou com sede, eu já sei, eu sei como é que eu posso fazer para responder, mas eu posso buscar jeitos diferentes de matar essa sede, desde a água pura e simples até refrigerantes, sucos ou outros tipos de bebidas que possam satisfazer uma sede mais específica, uma necessidade com marca vira desejo, eu também posso querer uma água de uma marca específica que vá satisfazer uma necessidade não só básica, mas, eventualmente, até uma necessidade de status ou de pertencimento a grupo, seguindo a hierarquia de necessidades de Maslow. A partir desse conhecimento da avaliação das alternativas eu posso chegar a esse desenvolvimento da minha intenção de compra, falar, não, beleza, eu já sei o que eu preciso saber para consumir o meu produto, no caso da sede, por exemplo, voltando ao exemplo, eu sei quais são as alternativas que estão disponíveis aqui, agora vamos entender o que eu posso fazer com elas, isso daqui está mais fácil, está mais imediato, é o que eu preciso agora, não, isso aqui está interessante, mas eu vou demorar tempo para poder obter porque essa água tem uma marca específica, tem uma importação que ainda não chegou, tem o tempo de correio, etc, outros elementos que possam ser adicionados a isso também para poder entender qual das soluções eu vou me decidir a comprar e a consumir, seja por uma questão de pressa, quero isso agora, seja por uma questão de preço, não, não posso pagar esse valor então vou me contentar com uma marca inferior ou com uma solução mais imediata e assim sucessivamente, vai depender muito do momento pelo qual o consumidor está passando e que o cliente está interessado resolver num momento específico da jornada dele. Com isso, eu chego ao final, ou seja, já me decidi, já sei o que é que vai resolver, já está disponível aqui, fui lá e consumi. Ótimo, cheguei ao final dessa jornada, eu tenho a minha recompensa, eu satisfiz a minha necessidade, eu corrigi uma injustiça, corrigi algum outro elemento dentro da jornada do herói. Dentro da jornada do consumidor, assim como acontece na jornada do herói, no momento que eu olho para todos esses passos que foram dados, eu começo a entender que isso configura uma experiência, eu tenho uma experiência a partir disso, eu aprendi coisas novas, eu descobri outras alternativas, descobri jeitos de fazer, consegui chegar até uma solução para o meu problema, isso faz com que eu tenha uma experiência para entender se esses pontos todos, desde a busca e comparação de informações, até o consumo propriamente dito foram fáceis de conseguir, se foi uma coisa muito difícil, se dependeu de várias lutas, sejam elas internas ou externas para que eu pudesse obter aquele resultado ou obter aquele produto ou serviço que vai satisfazer uma necessidade minha, faz com que eu tenha isso armazenado na minha memória e guarde para uma próxima vez, ou seja, numa próxima necessidade que eu tenha eu posso já percorrer e tomar a mesma decisão que já tomei para solucionar essa necessidade, para satisfazer essa necessidade nesse momento atual ou fazer com que essa solução possa ir evoluindo, não, essa experiência não foi tão boa, talvez eu precise procurar mais soluções no momento que eu tenha de novo essa necessidade, então, essa experiência toda e essa avaliação vão fazer com que influencie a minha próxima decisão, que influencie a minha forma de entender as alternativas que estão disponíveis num determinado momento para que essa necessidade possa ser satisfeita e aquele elixir mágico da jornada do herói, ele vira o consumo mágico, com essa experiência toda envolvida nele. A questão da experiência bem criada, a empresa também tem muitas chances e oportunidades de intervir para que a cada momento, seja ele no momento inicial de uma percepção de necessidade, até a conclusão dessa necessidade ou pós consumo, que eu consiga acompanhar esse cliente, que eu consiga acompanhar essas pessoas e que eu consiga providenciar e prover informações e proximidade de marca que ajudem a reforçar essa boa experiência e, no caso de uma experiência que não tenha sido tão boa, entender do meu cliente quais pontos possam ser passíveis de ter alguma melhoria, como é que eu consigo melhorar essa experiência, como é que eu consigo entregar uma experiência melhor para esse cliente. [MÚSICA]